Dois Pois

Se nunca tivessem inventado a roupa, seriamos todos muito peludos... Já agora, vale a pena pensar nisso...

2/24/08

Rubrica: medicina alternativa


Sempre na senda de proporcionar aos seus leitores os melhores conselhos e dicas de bricolage, este seu blogue dá inicio á secçao "medicina alternativa".
O Ponche Oriental é uma bebida doce e enjoativa, feita apartir da mistura dos pratos 33 e 45 de qualquer restaurante chines, misturado com aguardente de lagarto, aniz e creolina, oriunda algures do oriente, lá para os lados da mesopotamia.
Em circunstancias normais o seu uso é desaconselhado.
No entanto, se estiver com dor de garganta aconselhamos que tome uma chicara deste nectar a elevada temperatura. Os efeitos evapo-orientais deverao fazer-se sentir de imediato.
Em caso de duvida ou persistencia dos sintomas consulte o seu médico ou farmaceutico.

2/23/08

"Manias Bananasca" (Part II) romance

Quem visse passar o Manias na rua, não precisava de relógio para saber as horas as horas, bastava olhar para o focinho do mariola;
- Por volta das 10:30 o Manias já apresentava um tom avermelhado na ponta do batatudo nariz e por baixo dos olhos.
- Pouco antes do meio-dia, o avermelhado já era geral, dando a impressão que lhe ia rebentar a cabeça, isto provocaria o fim da vida aos seres presentes num raio de pelo menos 50 metros devido o pivete insuportável gerado pela incrível quantidade de merda que se encontrava dentro de sua cabeça.
- As duas da tarde, já depois do almoço em casa da mãe e da caminhada mais perigosa do seu dia: subir a ruela de casa da mãe para a tasca do Quim Botija, ruela de extrema inclinaçao e feita de paralelos já gastos e ondulados que um dia pregaram uma rasteira a Manias de tal ordem que o pobre coitado foi ao chão e por culpa a barrigada de bóias de toicinho da mãe juntamente com o exagero de minis e tremoços que já tinha encanalizado de manha, ficou redondo, e desatou a rebolar ladeira abaixo só parando quando bateu com os dentes na borda da Fonte da Salvação, lá em baixo, no Largo dos Inúteis; mas nem depois de espetar com os cornos na fonte o inútil ficou salvo; ficou apenas com um bruto dum galo que o deixava chateado porque esse era de tal maneira que lhe levantava a pala da boina, deixando assim os olhos a luz e as ramelas a vista das campónias todas da aldeia. Mesmo com o seu ar javardo e gordo, o Manias era um gajo vaidoso. E esta hein??
Continuando, as duas da tarde, Manias começava o que lhe chamavam “a metamorfose boneio-bigodal”, o seu estupidamente farfalhudo bigode ia ficando mais e mais despenteado ao longo da tarde bem como o grau de inclinação diagonal da velha boina.
Ao anoitecer, o bigode atingia o auge da sua metamorfose e a boina já não estava na cabeça. Atingido este estado, Manias deixava de ser um homem, dando lugar a um ogre vermelho e de bigode, e assim se conservava ate ao dia seguinte.

2/18/08

doispois! a sequela...

Quando ja todos pensavam que estavamos mortos e enterrados... nós voltámos!
depois de os autores terem andado afastados do ciberespaço por motivos de retiro espiritual, realizado em duas etapas: Tibete e Oliveira de Azemeis, eles voltam, mais congruentes, incisivos, crocantes e estaladiços que nunca!
o nosso objectivo é simples: acabar com a fome na Lua!
Penso que está ao nosso alcance! para tal, caro leitor, leitora, contamos com a inestimavel contribuiçao dos seus comentarios! so com a sua contribuiçao este blog podera ter pernas e muletas para andar, ou pelo menos rastejar.
Ajude-nos a ajudar! VAMOS ACABAR COM A FOME NA LUA!

2/17/08

"Manias Bananasca" (Part I) romance

Manuel Jeremias Bananeira era um simples homem que sempre se apresentava com a sua boina axadrezada castanha e verde e monumental bigode que se estendia quase ate as orelhas.
Manuel, muito conhecido na sua aldeia como Manias Bananasca, alcunha derivada ao facto de o homem ter a fama de ser um maniento e apesar do seu ar ultra viril que lhe proporcionava o seu tremendo bigode, corriam rumores de que o sujeito era panasca, ficando assim Manias a mistura de Manuel, Jeremias e a fama de maniento; Bananasca seria a mistura de seu nome de família Bananeira com panasca.

Manias passava grande parte do seu dia na tasca do Toino o Quim Botija excepto as horas de refeição, o seu comedouro era em casa da mãe. Manias tava-se na verdade bem cagando para a mãe, mas dava-lhe jeito ir lá encher o bandulho, sempre poupava uns trocos para conseguir despachar mais umas minis na tasca do Toino o Quim Botija.